Mikhail Bakhtin
Foto: [domínio público]
Dísponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Bakhtin
BAKHTIN
LITERATURAS E CULTURAS
Desvendando a literatura brasileira contemporânea:
diálogo bakhtiniano entre ética, estética e cognição
Este projeto é fruto dos estudos e pesquisas da disciplina “Bakhtin, literaturas e culturas”, ministrada pela professora Dra. Beth Brait no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, em 2023. Nosso objeto de estudos é a literatura brasileira contemporânea pelas lentes bakhtinianas da ética, da estética e da cognição e o diálogo entre literaturas e culturas, no pequeno e no grande tempo.
Conheça nosso trabalho!
Bakhtin Literaturas e Culturas
Para uma filosofia do
ato responsável
No estudo Para uma filosofia do ato responsável, Mikhail Bakhtin, nos anos 1920, tem como objetivo discutir a criação de um projeto filosófico, ético, moral, estético e cognitivo. Para isso, o autor segmenta seu texto em duas partes: em uma introdução, formulando a arquitetônica bakhtiniana por meio do ato responsável, e uma primeira parte destinada à análise da obra lírica Separação, do poeta russo Alexandre Pushkin. Vale destacar que, apesar de anunciar a divisão de seus escritos em mais duas partes, a ética política e a religião, como um texto inconcluso, essas divisões não se encontram presentes.
Janus Bifornte: deus das mudanças na mitologia romana.
Fonte: gravura de Andrey Kokorin. Dísponível em: https://www.behance.net/akok?locale=pt_BR&
No trecho a seguir, o filósofo russo indica como foi pensada a organização do seu estudo:
A primeira parte do nosso estudo será dedicada precisamente à análise dos momentos fundamentais da arquitetônica do mundo real, não enquanto pensado mas enquanto vivido. A parte seguinte será dedicada à atividade [dejanie] estética como ação, não a partir do interior do seu produto, mas do ponto de vista do autor enquanto participante responsável, e a ética da criação artística. A terceira parte será dedicada à ética política, e a última à religião (Bakhtin, 2020a, p. 115).
Com o propósito de desenvolver sua própria arquitetônica do objeto estético – da comunicação humana ou de uma obra de arte –, Bakhtin sistematiza as categorias filosóficas que englobam o ato responsável no mundo real e vivido. Para iniciar seu trabalho, é feita a relação entre o deus romano Jano e suas duas faces que olham para o passado e o futuro de maneira simultânea. Observado como uma metáfora, o Jano bifronte é tido como o ato humano, que, ao ser realizado, tende a duas direções: o mundo da cultura e o mundo da vida, separadamente. Nesse sentido, Bakhtin destaca que o ato real e individual deve ser experenciado sem essa fragmentação e para alcançá-lo é preciso incorporar a concepção da responsabilidade.
O ato responsável, dessa forma, une os elementos da vida e da cultura, pois, ao ser enunciado, o indivíduo realiza uma escolha valorativa, concreta, singular, em determinado momento histórico, marcado por dois centros de valores, o eu e o outro.
Foto de escultura David de Michelangelo.
Fonte: Imagem do banco de imagem gratuito do pixabay.com. Dísponível em: https://pixabay.com/pt/photos/est%C3%A1tua-de-davi-david-michelangelo-7243475/
Nesse contexto, a arquitetônica bakhtiniana é definida como:
[...] o ato baseado no reconhecimento desta obrigatória singularidade. É essa afirmação do meu não-álibi no existir que constitui a base da existência sendo tanto dada como sendo também real e forçosamente projetada como algo ainda por ser alcançado. É apenas o não-álibi no existir que transforma a possibilidade vazia em ato responsável real (através da referência emotivo-volitiva a mim como aquele que é ativo). [...] É o fundamento da vida como ato, porque ser realmente na vida significa agir, é ser não indiferente ao todo na sua singularidade (Bakhtin, 2020a, p . 99; grifos do autor).
Vetor imagem gratuíto
Fonte: Vetor gratuito de Vecteezy.com . Dísponível em: https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/14742457-icone-de-linha-de-singularidade
Vetor imagem gratuíto
Fonte: Vetor gratuito de Alamy.com . Dísponível em: https://www.alamy.com/pop-art-elements-concept-broken-heart-icon-over-white-background-line-style-vector-illustration-image370753348.html
Após explorar a filosofia do ato e suas características, Bakhtin, na denominada primeira parte, analisa o poema Separação, de Pushkin, a fim de concretizar o ato estético e moral por meio da relação que a linguagem tem com a vida, demonstrando a valoração que o contemplador imprime em uma obra.
Com o objetivo de aprofundar as discussões sobre Para uma filosofia do ato responsável, a doutoranda Cristiane Corsini realizou uma entrevista com a professora doutora Marilia Amorim, aprofundando as discussões sobre a arquitetônica bakhtiniana. É válido ressaltar que os estudos de Bakhtin são fundamentais, uma vez que discutem a arquitetônica do pensamento dialógico e suas relações com a crítica literária.
Rir e aprender
Vídeo do instagram @affthehype
Dísponível em: https://www.instagram.com/reel/CpSmQxVjist/?igsh=NmlxNndiOW55MTBu
Vídeo do instagram @affthehype
Dísponível em: https://www.instagram.com/reel/CpiHB91jWVS/?igsh=MWN3c2duZ3JiMHh5eA==
Trecho do filme TÁR
Dírigido por Todd FieldTár. Direção: Todd Field. Produção: EUA/Alemanha. Ano: 2022. Amazon Prime Vídeo. Streaming.
Para tratarmos do quarto capítulo do roteiro de leitura de Adail Sobral, que aborda a singularidade, unicidade, não-indiferença, representação e impostura, foi escolhido um trecho do filme Tár (2022), de Todd Field. No filme, a personagem principal (Lydia Tár), interpretada pela atriz Cate Blanchett, está prestes a reger a Orquestra Filarmônica de Berlim, que vai tocar a 5.ª Sinfonia de Gustav Mahler, o que seria um feito inédito em sua carreira como “maestro”. Na noite da gravação, Tár é substituída por outro maestro, descobre que o mesmo que a substituiu estava utilizando suas partituras sem autorização e tem um acesso de fúria em pleno palco. Tal gesto revela a importância de cada sujeito imprimir a istina (verdadeiro geral) e a pravda (verdade singular) em cada um de seus atos.
Por fim, a quinta parte do roteiro de Sobral trata da arquitetônica e da unidade do mundo na visão artística. Nos slides referentes a essa parte do livro, foram dispostos trechos relacionados aos tópicos abordados por Adail Sobral no capítulo e foi realizada uma dinâmica durante a aula para que seja possível compreender como funcionam os conceitos abordados a partir de uma perspectiva que liga as noções de “eu”, “ato” e “mundo”.
Quer saber mais sobre esse assunto? Confira!
Bakhtin Literaturas e Culturas
O autor e a personagem: a forma espacial da personagem
Nesta segunda etapa da nossa disciplina, estudamos o ensaio de Bakhtin “O autor e a personagem na atividade estética”, texto dos anos 1920. Utilizamos a tradução direta do russo, de Paulo Bezerra, que consta de Estética da criação verbal, da editora Martins Fontes. É interessante destacar que ao final do primeiro semestre de 2023, a editora 34 publicou uma nova edição, traduzida e revista por Paulo Bezerra, intitulada O autor e a personagem na atividade estética, com “orelha” assinada pela nossa professora Beth Brait e que conta inclusive com um texto inédito em português até o momento. Esse texto inédito é uma introdução em que Bakhtin retoma e expande a análise do poema “Separação”, de Pushkin. Lembremos que Para uma filosofia do ato responsável termina exatamente com a análise por Bakhtin desse poema. Assim, estabelece-se um importante elo entre a arquitetônica do ato e da personagem e da atividade estética como um todo.
Vetor imagem gratuíto
Fonte: Vetor gratuito de happymodpt.com . Dísponível em: https://www.happymodpt.com/ip-info-detective-pro-mod/com.rsoftr.android.ipinfodetectivepro/com.mod.ip-info-detective-pro-mod-paid-3-6-8.html
Nossos estudos se concentraram, nesse momento, em três aspectos fundamentais para Bakhtin a respeito da constituição arquitetônica da personagem, que são: sua forma espacial, seu todo temporal e seu o todo semântico.
Em “A forma espacial da personagem”, destacamos como o conceito de excedente de visão é fundamental para que se constitua a imagem da personagem e notamos como esse conceito está intimamente relacionado ao conceito de ato. Ou seja, o excedente da minha visão, aquilo que me permite ver no outro o que o outro não pode ver por si mesmo pressupõe minha posição única e singular na vida e na atividade estética. Segundo Bakhtin, o excedente de visão envolve a posição do sujeito (ou do artista) e necessariamente imprime valoração à relação com o objeto. Para o filósofo russo, a primeira tarefa do artista é “revestir de carne externa” a personagem (Bakhtin, 2020b, p. 27).
Vetor imagem de castelo gratuíta
Fonte: Vetor gratuito de pixabaycom . Dísponível em: https://pixabay.com/pt/vectors/constru%C3%A7%C3%A3o-castelo-forte-2027573/
Quer saber mais sobre esse assunto? Confira!
Bakhtin Literaturas e Culturas
O todo temporal da personagem
O terceiro capítulo do ensaio “O autor e a personagem na atividade estética” foi a segunda apresentação da série “O pensamento literário-filosófico de Bakhtin”. Para tratarmos dos conceitos que Bakhtin aborda nessa etapa de seu ensaio, decidimos aliar a teoria com exemplos de distintas manifestações artísticas. O primeiro exemplo escolhido para ilustrar a teoria bakhtiniana foi o longa-metragem Solidões, de Oswaldo Montenegro. O tema central do filme (as diversas formas de solidão) foi de alta valia para explorarmos o conceito de “alma” e como ele se constrói. Na sequência, foi abordada a relação entre a alma, a arte e o espírito, partindo da posição do homem como contemplador do outro – no caso, a personagem. Para fundamentar as postulações de Bakhtin, escolhemos o poema “7” (1914), do português Mario de Sá-Carneiro, a versão musicada por Adriana Calcanhotto no ano 2000 e alguns trechos de “Mineirinho”, crônica escrita por Clarice Lispector em 1962.
Vetor imagem de ampulheta gratuíto
Fonte: Vetor gratuito de Istock.com . Dísponível em: https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%ADcone-de-ampulheta-em-estilo-plano-ilustra%C3%A7%C3%A3o-vetorial-de-vidro-de-areia-no-fundo-gm1699834729-538575976?utm_source=pixabay&utm_medium=affiliate&utm_campaign=SRP_vector_sponsored&utm_content=https%3A%2F%2Fpixabay.com%2Fpt%2Fvectors%2Fsearch%2Fampulheta%2F&utm_term=ampulheta
Logo depois, a apresentação retomou as discussões teóricas do terceiro capítulo do ensaio ao mencionar a conexão que Bakhtin aponta entre as noções que conectam vida, tempo e homem, além de como esses conceitos se ligam ao eu, ao outro e ao fazer artístico. Para essa etapa do trabalho, escolhemos a canção “Tempo e Artista” (1993), de Chico Buarque para ilustrar as discussões.
Vetor imagem de relógio gratuíto
Fonte: Vetor gratuito de pixabaycom . Dísponível em: https://pixabay.com/pt/vectors/rel%C3%B3gio-rel%C3%B3gio-antigo-antiguidade-1605224/
Quer saber mais sobre esse assunto? Confira!
Bakhtin Literaturas e Culturas
O todo semântico da personagem
Bakhtin discute a natureza da personagem literária e como ela se relaciona com o mundo que a cerca. O autor argumenta que a personagem não é simplesmente um conjunto de traços psicológicos ou físicos, mas sim um todo semântico que reflete a complexidade da vida social e cultural. A personagem é uma construção dialógica, que se desenvolve em relação a outras personagens e à sociedade como um todo.
Odisseu oferece vinho ao Ciclope.
Ilustração: [domínio público]
Dísponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Odysseus_bjuder_cyklopen_vin,_Nordisk_familjebok.png
A construção de uma personagem
A arquitetônica do mundo da visão artística não ordena só os elementos espaciais e temporais, mas também os de sentido; [...] o espaço e o tempo do homem e da sua vida se tornam esteticamente significativos; mas também ganha significação estética a diretriz semântica da personagem na existência, a posição interior que ela ocupa no acontecimento único e singular da existência, sua posição axiológica nele; a personagem se isola do acontecimento e ganha acabamento artístico; (Bakhtin, 2020b, p. 127).
Dom Quixote e Sancho Pança.
Ilustração: [domínio público]
Dísponível em: https://pt.pngtree.com/freepng/don-quixote-vintage-illustration-engraving-drawing-line-vector_10137670.html
Quer saber mais sobre esse assunto? Confira!
Bakhtin Literaturas e Culturas
Metade cara, metade máscara, de Eliane Potiguara
A obra de Eliane Potiguara foi selecionada junto à Moqueca de maridos, de autoria indígena e organização de Betty Mindlin, para compor o repertório de leitura da disciplina Bakhtin, literaturas e culturas. Metade cara, metade máscara foi a segunda obra literária analisada no percurso da disciplina e a sua análise se deu por meio da filosofia estética de Mikhail Bakhtin. Inicialmente, há na apresentação em slides uma breve apresentação da autora e da obra, contando com alguns marcos importantes na biografia de Eliane Potiguara e dados sobre a publicação da obra. Posteriormente, aparecem os pontos de Metade cara, metade máscara a serem analisados à luz da teoria produzida por Mikhail Bakhtin, que foi o referencial teórico mobilizado para análise dessa obra.
fffFo
Fonte: Capa de Metade cara, metade máscara (2019)
Esta obra foi analisada como pertencente ao tipo autobiografia e ao cronotopo do folclore, de acordo com a teoria bakhtiniana, pois Eliane Potiguara afirma em entrevistas que muito da sua vida está presente no enredo desse texto, que ela mesma chama de romance, mas que apresenta Cunhataí e Jurupiranga como um casal ancestral de permeia os quinhentos anos de história do Brasil e se fazem presentes em todos os capítulos do romance.
Nesse ponto, se estabelece uma relação entre o título e a obra, pois as metades se fazem presentes durante toda a leitura: prosa e poesia, biografia e ficção, resistência e idealização etc., sem separação objetiva entre as metades, pois elas se encontram unidas na arte (por meio do livro) e na vida (em Eliane Potiguara).
Dessa forma, Bakhtin encontrou a literatura indígena e a cultura originária brasileira.
fffFo
Fonte: quarta capa de Metade cara, metade máscara (2019)
Quer saber mais sobre esse assunto? Confira!
Bakhtin Literaturas e Culturas
Heterodiscurso: multiplicidade de vozes
O tradutor precisa, tem a obrigação de saber medir a distância entre a inteligibilidade de um conceito e sua compreensão pelo falante da língua de partida. No Brasil consagrou-se o termo "heteroglossia" como tradução da palavra russa raznorétchie [...], que significa "diversidade de discursos" ou "heterodiscurso",
minha opção ao traduzir" (Bezerra, 2015, p. 11).
É um conceito que reconhece a diversidade e a multiplicidade de vozes e discursos presentes em qualquer forma de comunicação. Enfatiza-se a importância de considerar as diferentes perspectivas e influências culturais que moldam a
linguagem e a compreensão humana.
*
fffFo
Fonte: capa de Moqueca de maridos (2014)
Moqueca de maridos: uma obra de autoria coletiva
HISTÓRIAS NARRADAS E TRADUZIDAS POR CONTADORES INDíGENAS E REUNIDAS POR BETTY MINDLIN NESTE RARO LIVRO DE AUTORIA COLETIVA
O heterodiscurso em Moqueca de maridos coloca em evidência a multiplicidade de vozes narrativas.
As histórias retratam o erotismo em uma visão desconcertante para os padrões de um leitor não habituado com o imaginário indígena e evocam a tradição oral das narrações, passadas de uma geração a outra, recontadas e traduzidas. Nesta coletâneas de contos, é possível perceber a heterodiscursividade contida nas vivências de cada uma dessas mulheres, sendo uma importante ferramenta de construção do sentido.
Bakhtin Literaturas e Culturas
O avesso da pele, de Jeferson Tenório
O avesso da pele, terceiro romance de Jeferson Tenório, foi publicado em 2020 e encerra o rol das obras literárias escolhidas para serem discutidas na disciplina Bakhtin, Literaturas e Culturas por meio da filosofia estética de Mikhail Bakhtin. Antes de tratarmos de aspectos mais específicos no tocante ao texto literário, foi realizado um panorama da produção literária de Tenório, com apontamentos de como seus três romances podem dialogar entre si. Na sequência, um breve resumo do romance adotado foi apresentado para contextualizar os personagens principais e os pontos mais importantes da trama. A segunda parte de nossa apresentação abordou o conceito de “escrevivência” por meio da produção crítica de Conceição Evaristo, ficcionista reconhecida e Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fonte: capa de O avesso da pele (2020)
Em seguida, foi resgatado o conceito bakhtiniano de heterodiscurso para que pudéssemos compreender o processo de organização das interações discursivas, das escolhas lexicais e das vozes narrativas que compõem o romance de Tenório. A terceira parte do trabalho abordou o que Bakhtin entende como bivocalidade, partindo de como as personagens Henrique e Pedro se comportam diante das violências causadas pelo racismo e destacamos como o recurso da narração em segunda pessoa reforça a tensão narrativa. A última parte da apresentação em grupo contemplou como o romance de Jeferson Tenório faz uso de canções da chamada MPB para revelar traços marcantes da trama de O avesso da pele. Além de citarmos um trecho de uma entrevista do autor, foram referenciadas canções de Luiz Melodia e Itamar Assumpção (dois cancionistas negros e tidos como “malditos” pela crítica musical) para que os presentes pudessem entender o quanto a escolha de Tenório se revelou como incomum e ousada. Logo depois, explicitamos as referências que o romance faz às obras de Dostoiévski (Crime e Castigo) e de Shakespeare (Hamlet) e como tais escolhas explicitam o ato responsável de Tenório. Por fim, citamos um trecho de Para uma filosofia do ato responsável, primeiro texto de Bakhtin abordado em nosso curso, tendo em vista que as escolhas literárias de Jeferson Tenório constituem “o desabrochar da mera possibilidade na singularidade da escolha uma vez por todas” (Bakhtin, 2020a, p. 81; itálicos do autor). Ao abordarmos o primeiro texto filosófico de Bakhtin para o encerramento da disciplina Bakhtin, Literaturas e Culturas, oferecemos para a Professora Beth Brait e nossos colegas de jornada a oportunidade de encerramento de um ciclo a partir do ponto inaugural da nossa disciplina. Ao retornarmos ao PFA, efetuamos tal retorno com aprendizagem renovada e fruto de um esforço coletivo de visível qualidade.
fffFo
Fonte: capa de O avesso da pele 2020)
Ano:
Quer saber mais sobre esse assunto? Confira!
Conheça nosso time
Beth Brait é crítica, ensaísta e professora da PUC-SP, atuando nos PPGs de LAEL e Literatura e Crítica Literária, aposentada da USP, onde fez graduação, doutorado e livre-docência. Fez pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales - Paris/França. É pesquisadora nível 1A do CNPq, editora de Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso. Foi professora visitante na Université de Provence - IUFM-ADEF, UP-IUFM-INRP/França e na Universidade Federal da Bahia/UFBA/Brasil. É, com o Prof. Dr. Jean Carlos Gonçalves/UFPR, Diretora da coleção LICORES (Linguagem, Corpo, Estética)/HUCITEC. É autora de várias obras, dentre elas A personagem (edição revista e ampliada/2017), Ironia em perspectiva polifônica, Literatura e outras linguagens, organizadora devárias coletâneas sobre Bakhtin e o Círculo, além de artigos e capítulos de livros. Atua nas áreas de Teoria e análise do texto e do discurso, Estudos bakhtinianos, Análise dialógica do discurso, leitura e análise da verbo-visualidade e estudos literários.
Prof.ª Doutora Beth Brait
Doutoranda em Literatura e Crítica Literária na PUC-SP, Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pós-graduada em Literatura Contemporânea pelo Centro Universitário Barão de Mauá (UBM) e Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Atua como professora nos colégios Maria Imaculada (2020) e Nossa Senhora de Sion (2022), em São Paulo/SP, sendo responsável pelas frentes de Gramática, Literatura, Redação, Itinerários e Metodologia Científica. Trabalhou por seis anos como professora efetiva de Língua Portuguesa pela Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais (SEE-MG), na Escola Estadual Horizonta Lemos, em Uberaba - MG, lecionando para o Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Doutoranda
Alauanda de Valsconcelos Fernandes
Mestra e Doutoranda em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP. É Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (1993) pela mesma instituição. Membro do Grupo de Pesquisa "Categorias da Narrativa", inscrito no Diretório do Grupo de Pesquisas do Brasil/CNPq, desde 2022.
Doutoranda | Revisora final do site
Cristiane Corsini Lourenção
Graduada em Letras e Pedagogia, Especialista em Psicomotricidade e Psicopedagogia (FACON) e em Gestão da EAD (USFCar). Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP, com bolsa CAPES, onde atualmente faz o Doutorado novamente com bolsa CAPES para financiamento da pesquisa. Há 15 anos leciona na área de formação e atualmente leciona na ETEC Lauro Gomes, FATEC São Bernardo e Colégio Vicentino.
Doutoranda
Gabriela Raizaro Tosi
Doutoranda em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP. Sua produção literária possui abordagem no entrelace entre teorias do Círculo de Bakhtin e literatura. Cursou Mestrado em Educação e Especialização em Literatura e História do Espírito Santo na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Doutoranda
Maria da Penha dos Santos de Assunção
Mestrando em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP, com bolsa CAPES. Pesquisa o papel da Literatura Fantástica na formação do leitor crítico, tendo como objeto de estudo duas obras da autora brasileira contemporânea Carol Chiovatto. Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci, com experiência abrangente em Marketing, Comunicação, Redação Publicitária e Ensino da Língua Inglesa. Atualmente, também encontra-se imerso em um processo de formação como escritor.
Mestrando | Revisor final do site
Rodrigo S. Sbardelini
Doutorando pelo programa de Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP, Mestre em Literatura Brasileira e Teorias da Literatura pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Especialista nas áreas de Jornalismo Cultural, Educação e Linguística Aplicada. É Licenciado em Letras (Português/Inglês) pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). É Professor da Educação Básica há mais de 20 anos, com atuação em escolas regulares e institutos de idiomas. Desde 2017, é professor efetivo da Rede Municipal de Educação (RME-SP) e autor do livro O Doce & O Amargo do Secos & Molhados (Ed. Terceira Margem, 2015).
Doutorando
Vinícius Rangel Bertho da Silva